quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Trote solidário

“Transforme trote em ação solidária. Não deixe sua conquista passar em branco

Campanha da Pastoral e DCE da PUCPR pretende mobilizar calouros e veteranos.

O Núcleo de Pastoral e Diretório Acadêmico Central da PUCPR promovem a partir desta terça-feira (17) a campanha “Transforme trote em ação solidária”. O objetivo é arrecadar alimentos não-perecíveis e material escolar para serem encaminhados para escolas e comunidades que atendem crianças, adolescentes e famílias de baixa renda. A coordenação da campanha espera contar com a participação de alunos calouros e veteranos, além de professores e funcionários da Universidade. A contribuição poderá ser entregue no Núcleo de Pastoral PUCPR e no DCE até o dia 7 de março. Quem fizer as doações ainda poderá se inscrever para participar da entrega do material arrecadado.
Serviço "Transforme trote em ação solidária"
Doações: alimento não-perecível e material escolar
Período: de 17 de fevereiro a 7 de março Local: Núcleo Pastoral PUCPR e DCE, Câmpus Curitiba

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Mais uma opção para o feriado...




"O inferno são os outros, mas os amigos servem de paraíso".

Desde o dia 04 deste mês, está em cartaz no miniauditório do Guaíra "INSTRUÇÕES PARA LAVAR ROUPA SUJA", uma peça divertidíssima cujo o tema central gira em torno da amizade e a "sobrevivência" afetiva nos dias atuais. Simples na encenação, usa como recurso cênico projeções das memórias e reminiscências da amizade de Miguel e Alice.


Release

Alice e Miguel são amigos inseparáveis que se conhecem desde a infância. Compartilham a mesma casa há anos, o mesmo gosto musical, o mesmo gosto culinário, os mesmos amigos e uma mesma história romântica no passado. Ela muito mais provedora, ele muito mais dono de casa. Ela razão, ele sensibilidade. Ela tensa, ele buscando a espiritualidade. Suas vidas transcorriam sem maiores percalços, com suas agruras e recalques, até que Miguel consegue o passaporte que o levará para fora do país. Isso acontece justamente no momento em que ele encontra o que considera ser o amor da sua vida. Alice, no entanto, na eminência de morar sozinha, vê que alguma coisa saiu errada com seus planos. Deflagrada a crise no caminho dos dois. Onde foi que perderam seus sonhos? Quando é o momento de se fazer uma nova vida? Em cenas vemos o transcorrer de 1 mês antes da partida de Miguel. Cenas que demonstram os contrastes desta geração de profissionais bem sucedidos e fracassados afetivamente. Um espetáculo sobre o momento de amadurecer, mas também, sobre nossa estreita relação com amigos e as dependências que criamos com eles. O amor, o afeto, a critica mais profunda e, às vezes, até a inveja que nutrimos por estas figuras. Dependência que nos ajuda a aliviar a exploração do trabalho e a carência de um amor. Amparo de grande parte desta “geração olteira”, os amigos são uma espécie de “célula familiar de hoje”.


Serviço
Miniauditório
Rua Amintas de Barros, s/nº
Fone: 3304-7900
Data: 04/02 a 01/03
Horário: 4ª a sábado – 21 h
Domingo – 20 h
Ingresso: R$ 20.00 (inteira)
R$ 10,00 (estudante, classe teatral, carteira Teatro Guairá, Clube do Assinante, Onda RPC, Curitiba Interativa e maiores de 60 anos)
Duração: 60 minutos
Faixa etária: 14 anos

Para quem não vai pular Carnaval...


Para aqueles que ainda preferem desfrutar dos atrativos culturais e opções gastronômicas que a cidade oferece, a ter que enfrentar uma estrada rumo ao litoral no feriado de Carnaval, a dica cultural de hoje é o BAR MADRID. Localizado na Rua Chile - esquina com Nunes Machado - fica a poucos minutos do centro da cidade, no Bairro Rebouças. Com capacidade para 100 pessoas sentadas, o madrid possui um ambiente aconchegante e atendimento impecável. O bar oferece um cardápio espanhol completo e programação cultural variada, incluindo a dança flamenca.


Vale a pena conferir e conhecer um pouco mais sobre a a cultura hispânica.


Contato Bar Madrid

41 3029-1717Rua Chile, 2067(esquina com Nunes Machado)Rebouças - Curitiba-PR
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E-mail
romias@barmadrid.com.br
.........................................................................
Horários de funcionamento AlmoçoSeg. a sex. das 11h30 às 14h30NoturnoSeg. a sáb. das 18h00 à 1h00.



quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Por que alguns livros, ou textos, mexem com a nossa cabeça?

Sinto que os livros, antes, durante e depois de saborosamente lidos, não mexem só com a nossa cabeça. Mexem com tudo de nós, com a nossa existência. Como uma sinfonia, um turbilhão, uma maratona, uma revoada.Nunca ficamos sendo o mesmo no decorrer de uma leitura que se preze. Acho que é porque, quando lemos, somos simultaneamente únicos e muitos. Temos muitas vidas para viver durante um simples ato de ler, ao mesmo tempo reais e imaginárias. Afinadas e sincronizadas. Talvez seja esse o segredo. O mundo real acaba não saindo ileso do nosso ato de leituras. Ele vai se modificando paulatinamente naquilo que é incorporado no olhar do seu morador e leitor que o investiga e o redescobre à luz dos textos lidos. O nosso coração se exercita nos músculos e nas emoções das personagens que acolhemos. Em tempos, espaços e situações adversos.Visitamos, do nosso canto doméstico, preferido ou particular, lugares e sonhos nunca imaginados. Quantas vezes, em plena tarde ensolarada, armados não só de uma limonada geladinha ou de um cheiro de bolo assando, mas sobretudo de todo o nosso patrimônio de leituras, nos colocamos de frente a um problemainsolúvel ou a um dilema que nos retorce por inteiro e nos envolve deliciosamente? Movidos pelo simples prazer, ficamos a imaginar. Somos amalgamados, vivendo a vida que desabrocha das entrelinhas das páginascomo frutos maduros e a vida real que seguimos vivendo, por vezes crua, sem graça, previsível, corrida e real demais.Como ficaria a vida sem os livros? Nem pensar. Acho que tudo ficaria mofo, sem graça, sem beleza...O livro é uma espécie de academia bem aparelhada capaz de exercitar o nosso comando maior, a cabeça, e todo o maquinário natural que dentro dela está e nos faz pulsantes, singularmente concretos e sobreviventes vibrantes.Presenteamos o cérebro com as leituras e ele fica em boa forma. Então dá de sonhar fácil, de inventar de tudo, de amar o essencial, de optar e decidir com autoria, de aprender mais, de perdoar com leveza, de lavar águas e alma, de perceber minúcias de azuis e verdes, nuances da alvorada, de comprar com outros olhos e mãos, de comparar valores implícitos, de se encantar, de olhar o quase não visto, de usufruir aromas e movimentos, de observar, imaginar e fazer acontecer pela pura intenção de existir o desejado, de investir e investigar como quem respira leve, de refazer, repensar, tomar partido, se expor, potencializar, estar presente... E mais uma infinita modalidade de atitudes que nos qualifica e nos identifica como humanos e inteligentes.Acho que cada vez que um livro, um poema, um texto mexe e remexe com a nossa cabeça, essa metáfora do humano em nós, nos tornamos gente, genuinamente pessoas.Você já se pegou num atormentado prazer de ler e reler algum conto ou poema e sentir-se completamente envolvido em uma situação inusitada, perplexa, maravilhosa, intrigante ou coisa assim?Você já devorou algum romance rapidamente, quase num fôlego só, se entregando plenamente a uma trama interessante, envolvente e original a ponto de no “acabou-se o que era doce” ficar nadando no ar um gosto bomde quero, queria mais?Você nunca teve uma leve sensação de suspeita e fantasiosa lucidez em meio a uma leitura de estudos de que o autor escreve exclusivamente para você, como se adivinha a sua necessidade especial de saber algo mais? Ou que no fundo teria chegado às mesmas conclusões implícitas no texto? Parece até que em nós se instala o esboço, a primeira versão. O autor só teria o mérito de organizar tudo, nos dando de presente o que já tínhamos desenhado em nós, intuitivamente.Você já experimentou reler algum livro esquecido, abandonado ou perdido no emaranhado da sua história? Quantas descobertas vêm à tona nas releituras...Essas são algumas das situações que a gente vive em torno do convívio com o livro. Ele sempre é e será inusitado, sutil, imprescindível, surpreendente e laborioso. E a nossa cabeça, o nosso corpo e o nosso viver precisa dele. Como precisa do amor. São coisas de leitor e leituras que criam e iluminam dinâmicas inteligentes em nossa cabeça, em nosso pensar, em nosso existir.Depois de tudo isso, guardo a sensação de que poderia responder à pergunta título expondo infinitas e plausíveis imagens que fluem do encontro leitor e livro, como dinâmicas fotografias. Mas, simplificando, me arriscaria a dizer sem sobressaltos que, para mim, o livro mexe com a nossa cabeça porque dá sentido à vida. Nos humaniza. Faz emergir da gente o primordial e genuíno que há em nós e nos faz humanos. A inteligência, os sentimentos. O gosto pelo viver, pelo outro, pelo convívio. Pelos mistérios que nos inundam. E sobretudo porque nos coloca diante de uma gama infinda de possibilidades de aprendizagens, revigora nossas experiências, nos faz atravessar as paredes do tempo, imaginar, brincar, intuir, sonhar, fortificar as sensibilidades, mergulharem novas águas ou nos jogar novamente em águas de outrora, nos faz encantar, renovar, fugir da mesmice, do monótono, refletir, ver as coisas com outros olhos, lúcidos e lúdicos, mudar, aprimorar-se... Criar e, em um diapasãode alegria íntima, descobrir essas sutis engenhosidades do cérebro humano, que são a maior bênção para quem está vivo!


Por Antonio Gil Neto - Pesquisador do Cenpec



Fonte: http://www.prazeremler.org.br/prazeremler/html/content/sobre/default.aspx em 12/02/2009

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A MATURIDADE DO INTERNETÊS

A grafia popularizada pela internet vai além das abreviações e consolida estilo informal e afetivo da comunicação escrita - Edgard Murano

Desde que a internet começou a popularizar-se, em meados dos anos 90, muita coisa mudou nos hábitos de escrita e comunicação no mundo todo. Primeiro surgiu o e-mail, depois vieram as salas de bate-papo e os comunicadores instantâneos (como ICQ e MSN) e, finalmente, os blogs e as redes sociais (Orkut, Facebook etc.), hoje tão populares entre os adolescentes quanto diários e papéis de carta um dia já foram. Em meio a essas mudanças, com o advento de novos recursos e ferramentas comunicacionais, o internetês - nome dado à grafia abreviada utilizada na internet - acabou se desenvolvendo e cristalizando-se à medida que a rede mundial de computadores evoluiu. Sobretudo no Brasil, a expansão e a democratização do acesso à rede saltam aos olhos: estima-se que o número de internautas no país chegue a 40 milhões, segundo balanço realizado pelo Ibope/NetRatings em novembro - praticamente o dobro do número de usuários detectado em 2007 (21 milhões à época). Desse total, cerca de 2 milhões têm entre 6 e 11 anos de idade, dado que indica uma adesão cada vez mais precoce da população à tecnologia. Apenas para se ter uma ideia da quantidade de informações veiculada por esses milhões de usuários, a Microsoft estima que sejam trocadas 8,2 bilhões de mensagens por dia em todo o mundo por meio do MSN, popular programa de troca de mensagens criado pela empresa de Bill Gates. Ferramentas como esta, entre outras baseadas na escrita que a internet oferece, têm acelerado o processo de comunicação entre as pessoas, influenciando a relação delas com a palavra e resgatando o valor do texto escrito como há muito não se via.
DiscernimentoMuitas pessoas veem no internetês - essa espécie de "língua" oficial dos jovens conectados - um mal iminente, à espreita de corromper a forma padrão do idioma e de tornar o patrimônio da língua uma grande sala de bate papo, repleta de flw ["falou"], blz ["beleza"] e demais abreviações informais que, em geral, os adolescentes usam para comunicar-se.
- A web não tem culpa de nada. Pessoas com boa formação educacional sempre conseguirão separar a linguagem coloquial da formal. Elas sabem quando dispensar os acentos e quando pingar todos os "is". Os manuais de cartas formais estão aí para provar que sempre houve uma linguagem para cada tipo de ambiente - afirma Arlete Salvador, autora de A Arte de Escrever Bem (editora Contexto).
Para Arlete, o falante do idioma tende a identificar a variante adequada a cada situação de comunicação.- Cartas de amor são diferentes de um pedido de compras de material de construção, por exemplo. Vejo a web como mais um instrumento de comunicação: ela é o que fazemos dela - argumenta Arlete.
A jornalista chama a atenção para a enorme quantidade de analfabetos funcionais no país, cujo problema não será agravado pela linguagem da internet, tampouco solucionado, por se tratar de um problema de alfabetização, de educação formal.

Trabalho

Hoje, no entanto, o fantasma do internetês assusta cada vez menos as escolas, embora sua sombra ronde o ambiente de trabalho. Há quem garanta até que o brasileiro internetado, com má formação educacional, ainda assim estaria suscetível a aplicar o internetês em situações que não as conversas informais on-line.
- Não vejo problema no internetês se a pessoa que o utiliza apresenta uma boa formação em língua portuguesa. Mas se essa pessoa não aprendeu o português direito e só se comunica dessa forma, ela pode cometer erros. Alguns funcionários mais jovens se acostumaram a não colocar acentos, pois dão mais trabalho na hora de digitar, já que é preciso apertar duas ou mais teclas - afirma Ligia Crispino, professora de português e sócia-diretora da escola Companhia de Idiomas. Para Ligia, o uso de abreviações e de linguagem informal na comunicação interna das instituições é mais tolerado, embora dificilmente chegue ao conhecimento dos clientes, o que poderia "queimar" a imagem da empresa.

Formação

Para João Luís de Almeida Machado, doutor em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e editor do portal Planeta Educação, não é para todos o discernimento sobre quando e onde usar a grafia consagrada na web. Segundo Machado, referindo-se às novas gerações, a digitação rápida e a produção de mensagens instantâneas por meio de comunicadores eletrônicos concorrem com a produção de textos escritos à mão no papel.
- Entre adultos, já formados, capazes de discernir e produzir textos em diferentes formatos, é possível crer que haja suficiente maturidade para lidar com o internetês. Porém, no que se refere às novas gerações, ainda em formação, é grande a confusão que se estabelece entre a norma culta da língua portuguesa e a linguagem coloquial da web. Isso se explica ao levarmos em conta a exposição demasiada dessa garotada à internet e os baixos índices de leitura auferidos no país - justifica.

Geração

O professor Adalton Ozaki, coordenador dos cursos de graduação da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap), acredita conhecer bem essa nova geração habituada à internet, apelidada por ele de "Geração Alt+Tab" [alusão ao comando do teclado que permite ao usuário de computador gerenciar várias tarefas ao mesmo tempo].
- Alguns jovens falam com três ou mais amigos simultaneamente em um programa de mensagens instantâneas enquanto escrevem um e-mail, baixam um vídeo, ouvem música e ainda escrevem no Word [programa para edição de textos]. São impacientes. Não são pessoas acostumadas a ler extensos romances ou livros do começo ao fim. Estão acostumados com a linguagem da internet, concisa e objetiva - afirma Ozaki, para quem esses adolescentes, por lerem menos e ficarem muito tempo em frente ao computador, apresentam grandes limitações no trato com a língua portuguesa.
Pessoas que possuem esse esse perfil enviam dezenas de SMS [do inglês short message service] por dia, e são exímias datilógrafas em aparelhos celulares, cujos teclados acanhados são um convite às abreviaturas típicas do internetês. Devido a essa agilidade nos dedos, esses jovens são conhecidos no Japão como oyayubi sedai, ou "geração do dedão".

Identidade

Além do imediatismo e da objetividade que se encontram por trás do internetês, movido pela economia de caracteres no ato da digitação sem prejuízo da mensagem, há um outro fator, que diz respeito à fase da vida em que se encontram seus praticantes, a maioria deles adolescentes. Da mesma forma que o uso de gírias, seu emprego garante ao indivíduo sentir-se parte de um dado grupo, garantiria um sentimento de identificação com uma determinada "tribo". Raquel Nogueira, professora de língua portuguesa do Colégio Módulo, em São Paulo, não encara o fenômeno linguístico como uma mudança para pior, mas chama a atenção para o contexto em que a grafia é empregada.
- Assim como uma "tribo", com suas próprias gírias e seu próprio modo de falar que a identificam, o mesmo se dá com o internetês, que é usado apenas no espaço que lhe cabe, isto é, na internet e nos torpedos SMS - defende Nogueira.
A professora compreende essa grafia como algo restrito apenas à comunicação informal na internet.
- Mas onde e quando se deve usar o internetês, cabe ao professor orientar seus alunos e mostrar que existem vários níveis de linguagem, vários contextos de uso e vários níveis de formalidade na comunicação. O aluno pode expressar-se utilizando abreviações, neologismos, caricaturas e até não usando acentos, mas fora desse ambiente virtual, em outras situações escritas, isso não é bem aceito ainda - recomenda.

Evolução

O coordenador Adalton Ozaki, da Fiap, questiona o uso do internetês sob o pretexto da concisão e da economia de caracteres. Se, por um lado, "vc", "tb" e "kd" seriam formas enxutas de "você", "também" e "cadê" respectivamente, outras palavras não obedeceriam a esse critério "econômico" justamente por serem mais extensas do que suas correspondentes na norma culta do idioma, argumenta Ozaki, caso de palavras como naum ("não"), eh ("é") e neh ("né", que por sua vez é contração de "não é?"). A opinião da professora Raquel Nogueira, contudo, sugere que talvez exista uma mudança mais profunda por trás desse fenômeno, ligada à evolução da grafia, não se resumindo apenas a uma questão econômica:
- A língua é viva e dinâmica, toda a mudança que ocorre é norteada pela fala, pelo povo, e pode demorar, mas ocorre. Assim como aconteceu com "vossa mercê", que virou "você" e que agora está se transformando em "cê", quem sabe o internetês não seja um precursor de outras mudanças, mas no âmbito da grafia das palavras, já que ninguém falaria vc em vez de "você" ou "cê" - questiona a professora.

Grafia do afeto

Outra modalidade na comunicação via internet, que de certa forma também passa pela economia de caracteres, é o popular emoticon [fusão das palavras inglesas emotion, "emoção", com icon, "ícone"]. Amplamente utilizado por internautas para expressar humor e sentimentos durante troca de mensagens, o emoticon nada mais é do que uma seqüência de caracteres tipográficos que em geral simula expressões faciais, tais como :) ou ainda ^_^ , entre outros. No entanto, a maioria dos atuais comunicadores instantâneos já consegue decodificar essas combinações tipográficas e traduzi-las por equivalentes pictóricos, alguns inclusive com movimentos animados, de modo que ao digitar :( a seqüência se transforme imediatamente no desenho de uma "carinha triste".
- O uso de emoticons é típico do internetês. Com um único símbolo, se transmite à outra pessoa o seu estado de espírito, funcionando quase como um ideograma das línguas orientais, onde um símbolo expressa um sentimento - afirma Ozaki, da Fiap.

Neologismos

Para constatar que a internet acelerou de fato a comunicação entre as pessoas ao redor do mundo, basta enumerar a quantidade de neologismos e expressões novas nascidas na grande rede. Muitas delas, como "postar", "deletar" ou "printar", ao mesmo tempo em que são estrangeirismos, caíram rapidamente no gosto popular. Outro bom exemplo, que também ilustra a força do internetês, é a mais recente lista de palavras publicada pelo jornal norte-americano The New York Times. A lista, batizada de Buzzwords of 2008 [Palavras-burburinho de 2008, em tradução livre], destacou palavras com o prefixo tw, em referência ao serviço de blogs Twitter.
De forma análoga, temos no Brasil trocadilhos já consolidados por usuários da internet, tais como "googlar" (fazer uma pesquisa no site de buscas Google), cometer "orkuticídio" (excluir o próprio perfil da rede social Orkut), entre muitas outras palavras e expressões pescadas de atividades virtuais para a "vida real".
Já que o avanço tecnológico é um processo irreversível, assim como as marcas que o progresso vai deixando na linguagem, é necessário admitir essas aquisições como expressões legítimas, sem nunca perder a chance de usar a forma culta da língua portuguesa quando for necessário. Também cabe a pais, professores e educadores orientar seus alunos para que tal interesse reverta-se em produção escrita, não importando se os textos produzidos forem à tinta ou digitados no computador.


Publicado pela Revista Língua Portuguesa - 02/2009 - Edição 40

***CURIOSIDADES***

O cartunista Maurício de Souza, famoso criador da Turma da Mônica, criou um personagem chamado "Bloguinho". O Bloguinho é um garoto aficionado pela internet, que tem o cabelo em forma de arroba e a fala recheada de internetês, com direto às carinhas ou emoticons. Vale a pena conferir ;)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

180 MILHÕES DE LINGUISTAS

Como no futebol, em que todo torcedor é um “técnico”, já há uma tradição brasileira de palpitar sobre questões de linguagem. Aldo Bizzocchi

Dizem que foi o saudoso narrador esportivo Geraldo José de Almeida quem disse, lá pelos idos de 1969, que o Brasil tinha 90 milhões de técnicos de futebol. Na verdade, a constatação de que todo brasileiro – ou quase todo – gosta de dar palpites sobre a seleção deve ser bem anterior ao Geraldo, mas parece que foi ele quem popularizou a expressão, talvez até parodiando a famosa marchinha de Miguel Gustavo, Pra Frente, Brasil, que exortava em tom ufanista (eram os tempos da ditadura militar): “90 milhões em ação, pra frente, Brasil do meu coração”. Desde então, essa frase vem tentando acompanhar nossa explosão demográfica e, atualmente, os cronistas esportivos não se cansam de repetir o clichê de que o Brasil tem 180 milhões de técnicos. Afinal, qualquer torcedor sabe escalar a seleção melhor do que o Dunga. Qualquer tropeço da esquadra nacional é motivo de críticas acerbas e inflamadas em todas as esquinas e mesas de bar deste país. E todos – menos o técnico – sabem diagnosticar onde está o erro.
Pois cheguei à conclusão de que o Brasil também tem 180 milhões de lingüistas. Isso mesmo! Somos 180 milhões de cidadãos que adoram palpitar sobre as línguas em geral e sobre a língua portuguesa em particular. E fazemos isso com a sem-cerimônia e desenvoltura de grandes experts (ou espertos) no assunto.
Quando se trata da língua, não é raro ouvirmos os maiores disparates, eivados de preconceito e miopia intelectual, proferidos amiúde em tom solene e professoral por pessoas que às vezes mal têm o ensino fundamental completo. Frases chauvinistas como “o português é a mais bela e perfeita língua do mundo”, “o francês é o idioma da lógica e do equilíbrio” ou “só é possível filosofar em alemão” já se tornaram lugar-comum em discussões do gênero. Mas críticas impertinentes e infundadas como “o inglês é uma língua absurda, que põe o adjetivo antes do substantivo” ou “só uns estúpidos como os alemães podem construir palavras tão quilométricas” também pululam nas rodas de bate-papo e revivem certos mitos que remontam ao século 19, quando romanticamente se acreditava que as línguas eram organismos vivos, inteligentes e, por isso, dotados de “personalidade”. Daí que o italiano é uma língua sensual, o francês é cartesiano, o alemão é militarista, o inglês é cerimonioso, o tupi é indolente…
Quando o assunto é etimologia, então, nem se fala: todo mundo sabe exatamente de onde vieram as palavras. Corre uma lenda, por exemplo, de que coitado deriva de coito, ato sexual, o que dá um ar malicioso – e por isso mesmo atraente – a esse epíteto. Na verdade, coitado vem do português medieval coita, “sofrimento”, por sua vez originário do latim vulgar cocta. Trata-se de um caso, como muitos, de etimologia popular, em que o aspecto sugestivo da palavra parece inspirar as pessoas a descobrirem certos estratos geológicos de sua história que jamais existiram. E, por vezes, o achismo lingüístico é tão mais sedutor que a verdade científica que, diante de uma explicação convincente mas fantasiosa, a dura realidade fica meio sem graça. Falsas etimologias existem, que eu saiba, desde que o homem fala. Platão, no Crátilo, afirmou que os heróis têm esse nome por serem fruto do amor (Eros) entre um deus e um ser mortal. Santo Isidoro de Sevilha, o “patrono da etimologia”, sustentava, dentre outras estultices, que femina (“mulher” em latim) proviria de fide minus, “menos fé”, e que mulier (também “mulher” em latim) viria de molior, “a mais mole”. Mas, se naquela época tais absurdos eram toleráveis, hoje, com os enormes avanços da pesquisa em lingüística, é deplorável que tais mitos ainda façam adeptos. O pior de tudo é que cidadãos leigos não se intimidam em debater sobre questões de língua com especialistas. Embora ninguém que não seja médico ou advogado se atreva a discutir medicina com um médico ou leis com um jurista, qualquer zé-dos-anzóis se sente à vontade para polemizar com um lingüista sobre a origem das línguas, o melhor sistema ortográfico, a superioridade de um idioma sobre outro… Alguns chegam a arvorar-se em legisladores da língua, sem ter mandato para tal (será que alguém tem esse mandato?). É que existe a crença mais ou menos generalizada de que medicina e direito são matérias de alta especialidade, ao passo que a língua é assunto de domínio público. Afinal, nem todos clinicam ou advogam, mas todos falam. E, portanto, qualquer um sabe “ensinar o padre-nosso ao vigário”. Já ouvi mais de uma vez a afirmação de que o português se originou do grego – ou, pior ainda, do celta ou do fenício –, que por sua vez descende do hindu (parece que hinduísmo agora é língua!). Trata-se de uma tremenda mixórdia de informações desencontradas, entreouvidas aqui e ali, colhidas às vezes de fonte não confiável, ou distorcidas pelo “ruído na comunicação”. Além de tudo, a palavra de autores aventureiros, bem como obras de certos gramáticos e filólogos do passado, já superados, ainda ecoam como factóides na cabeça dos leigos, que evidentemente não têm senso crítico para discernir o que é fato e o que é lenda, o que é informação científica atual e o que é mera especulação filosófica ultrapassada.
Some-se a isso o desprestígio em nossa sociedade das profissões ligadas às ciências humanas (erroneamente confundidas com as “humanidades”) e à educação para entendermos porque muitos até duvidam de que a língua possa ser objeto de estudo científico.

Publicado em Língua Portuguesa, ano 2, n.º 22, agosto de 2007

domingo, 8 de fevereiro de 2009

A REFORMA ORTOGRÁFICA

A Língua Portuguesa é, sem dúvida, um dos maiores legados deixados por Portugal a suas colônias. Hoje em dia, o Português é falado por cerca de 230 milhões de pessoas em oito países diferentes (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, e Timor Leste). Os brasileiros são a maior nação participante da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP): somos 190 milhões de falantes da língua e a cada três pessoas que falam português no mundo, uma é brasileira.
Talvez esses dados já pareçam suficientes para que a ONU adote o Português como uma de suas línguas oficiais, porém não é o que acontece. Atualmente são seis idiomas neste rol: o árabe, o espanhol, o francês, o inglês, o mandarim e o russo. Um dos empecilhos encontrados é o fato de qualquer documento redigido em Português ter de ser feito em duas vias, uma com o Português falado no Brasil e outra com o de Portugal, devido à existência de duas escritas oficiais.

As questões diplomáticas
A solução encontrada para unificar o idioma foi realizar uma reforma ortográfica que padronizaria a escrita em todos os países da CPLP. Em 1990 foi firmado o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, como é chamada oficialmente a reforma ortográfica, cuja idéia inicial, presente no artigo, era que até 1º de janeiro de 1994 as novas normas já estivessem em vigor. No entanto, somente Portugal, Brasil e Cabo Verde haviam ratificado o acordo até esta data.
Em julho de 1998, em Cabo Verde, foi assinado o Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa que retirava do texto original a data para a entrada em vigor das novas regras. Mais uma vez, somente três países ratificaram o protocolo (Brasil, Portugal e Cabo Verde). Em 2004 um novo acordo foi assinado, porém, não foi ratificado por Portugal. Segundo Vasco Graça Moura, escritor e deputado português, o Segundo Protocolo inclui um artigo que obriga a sua aplicação mesmo que não seja aprovado por todos os países, o que estaria fora dos padrões de acordos internacionais. O fato é que além do texto do Protocolo, existia também um forte sentimento contrário à reforma por parte dos cidadãos portugueses, onde as mudanças afetam mais diretamente a população. O argumento mais usado é o de que a mudança seria ruim para as identidades nacionais. Alguns afirmavam que ao mudar a grafia de palavras se estaria cedendo a uma influência brasileira, já que o Brasil é o maior país de Língua Portuguesa.
A discussão se estendeu por anos e defensores da polêmica unificação afirmam que a reforma é uma decisão política, já que facilitaria a entrada do quinto idioma mais falado do mundo para a lista das línguas oficiais da ONU, facilitaria buscas na internet e unificaria os termos jurídicos em contratos internacionais. Finalmente, no dia 16 de maio, após 18 anos do seu lançamento, o parlamento português aprovou os termos da reforma.

A implantação
Enquanto no Brasil o prazo para a implantação das mudanças é de três anos, Portugal optou pelo prazo mais longo de seis anos. Isso significa que, no Brasil, em 2010 as novas regras já serão cobradas pelos colégios nas provas.
O acordo ortográfico que já foi aprovado pelo Congresso brasileiro e publicado no Diário Oficial depende agora somente a assinatura do Presidente Lula para que entre em vigor no ano letivo de 2009. Segundo a determinação do Ministério da Educação (MEC) que será apreciada pelo Presidente, os livros didáticos distribuídos no próximo ano já devem incluir as novas regras. Os editores de livros, porém, só passam a ser obrigados a segui-las a partir de 2010.

Dúvidas
O texto do Acordo, no entanto, não esclarece a grafia de uma série de palavras. Segundo a ABL (Academia Brasileira de Letras), a definição só sairá com a publicação de um novo Volp ("Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa"). Com a função de registrar a forma oficial de escrever as palavras, o Volp só deve ser publicado em fevereiro, com cerca de 300 mil termos.

Novas regras
Com o Acordo, o alfabeto passou a ter 26 letras, ao incorporar as letras "k", "w" e "y". O texto traz alterações significativas na acentuação de algumas palavras, extingue o uso do trema, e padroniza a utilização do hífen. A partir de agora, não é errado escrever "micro-ondas" --com hífen-- e "antissocial" --sem hífen. Também é correta a grafia das palavras "ideia" e "assembleia" sem acento.
O que muda?





Referências:

http://www.igeduca.com.br/artigos/acontece/reforma-ortografica.html

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u485725.shtml

sábado, 7 de fevereiro de 2009

V SIGET - Simpósio Internacional de Estudos de Gêneros Textuais


O Simpósio Internacional de Estudos de Gêneros Textuais - SIGET - é um evento que congrega pesquisadores, professores e profissionais envolvidos no estudo dos gêneros textuais. Devido ao caráter interdisciplinar do objeto de estudo (gêneros textuais), o evento tem interessado pesquisadores de diversos ramos da lingüística teórica e aplicada (analistas de discurso, estudiosos do texto, da conversação, da enunciação, formadores de professores), bem como profissionais e pesquisadores de outros campos (pedagogia, psicologia, sociologia, comunicação, terminologia, tradução, etc.).

Temas Gêneros textuais:
  • Perspectivas epistemológicas e metodológicas.
  • Gêneros textuais e ensino de línguas.
  • Gêneros textuais e formação de professores.
  • Gêneros textuais e instâncias profissionais.
  • Gêneros textuais e letramento.
  • Gêneros textuais e mídia.
Estrutura:
  • Palestras
  • Mesas-redondas
  • Painéis Minicursos
  • Comunicações coordenadas
  • Comunicações individuais
  • Pôsteres
  • Atividades culturais
Inscrições no Evento: As inscrições no evento para autores que tiveram seus resumos aprovados estarão abertas a partir de 15 de dezembro de 2008 até 08 de fevereiro de 2009. As inscrições para ouvintes estarão abertas no período 16 de fevereiro a 16 de junho de 2009. As vagas são limitadas.
Público-Alvo: Pesquisadores do ramo da lingüística (analistas de discurso, lingüistas aplicados, estudiosos do texto, da conversação, da enunciação etc). Profissionais e pesquisadores de outros campos (pedagogia, psicologia, sociologia, comunicação etc). Professores da educação básica, alunos de pós-graduação e alunos de graduação
Carga Horária 40 horas
Local: Universidade de Caxias do Sul Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil
Realização Universidade de Caxias do Sul – UCS

*PARA MAIORES INFORMAÇÕES SOBRE O EVENTO ENTRAR NO SITE: http://www.ucs.br/

Sejam bem vindos!!!

Caros "letreiros"...



O blog do CALEK é um meio encontrado para facilitar a interação entre os estudantes de Letras tanto da PUC quanto das demais universidades do nosso país. Além de divulgarmos os eventos e textos pertinentes a nossa área de conhecimento, pretendemos também utilizar este canal para divulgarmos o nosso trabalho no C.A.
Para que o meio funcione como esperado, contamos com a colaboração de todos, pois acreditamos e defendemos que a união faz a força e a sua participação fará toda a diferença.

Em caso de dúvidas e sugestões enviar-nos um email no endereço abaixo:


calek_fenix@yahoogrupos.com.br

Teremos um ano de trabalho árduo pela frente e por isso reforçamos, contamos com a colaboração de todos para que 2009 seja um ano de muitas conquistas para o nosso curso.

São os nossos mais sinceros votos!!!



CALEK - Centro Acadêmico de Letras
Helena Kolody - PUC PR

"Existem homens que lutam um dia e são bons;
Existem outros que lutam muitos anos e são melhores;
Existem aqueles que lutam muitos anos e são muitos bons.
Porém, existem homens que lutam toda a vida. estes são imprescindíveis".
Bertold Brecht

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Quem foi Helena Kolody?


O Centro Acadêmico de Letras chama-se Helena Kolody (1912-2004), como forma de homenegear a consagrada poetisa do Paraná, que inaugurou em 1941 a série de mulheres haicaístas do país. Dona de uma enorme coleção de adjetivos-virtudes, palavras-emblemas, atribuídos a ela pelo povo paranaense, Helena deixou uma obra, que na qualidade lembra outra grande poeta: Cecília Meirelles. O amor que ela conquistou pelos poemas, pelos livros, juntou-se à lira de sua poesia feita de canções à vida, da solidariedade, da natureza e a inquietude da condição humana. Pode-se brincar dizendo que as letras iniciais do nome da poeta, HK, são as mesmas de quando se grafa hai-kai, como ela o fazia.
A poetisa nasceu em Cruz Machado (PR), em 12 de outubro de 1912, e faleceu em Curitiba (PR), em 15 de fevereiro de 2004. Seus pais nasceram na Galícia Oriental, Ucrânia, mas se conheceram no Brasil, onde se casaram em janeiro de 1912. Passou a maior parte da infância em Três Barras. Foi professora do ensino médio e inspetora de escola pública. De 1928 a 1931, cursa a Escola Normal Secundária (atual Instituto de Educação do Paraná). Consta que foi a primeira mulher a publicar hai-kais no Brasil (1941). Foi admirada por poetas como Carlos Drummond de Andrade e Paulo Leminski, sendo que, com esse último, teve uma grande relação de amizade. A partir de 1985, quando recebe o Diploma de Mérito Literário da Prefeitura de Curitiba, a sua obra passou a ter grande repercussão no seu estado e no restante do País. Em 1988, é criado o importante Concurso Nacional de Poesia Helena Kolody", realizado anualmente pela Secretaria da Cultura do Paraná. Em 1989, o Museu da Imagem e do Som do Paraná grava e publica um seu depoimento. Em 1991, é eleita para a Academia Paranaense de Letras. Em 1992, o cineasta Sylvio Back faz filme "A Babel de Luz" em homenageia aos seus 80 anos, tendo recebido o prêmio de melhor curta e melhor montagem, do 25° Festival de Brasília. E, 2003, recebe o título de "Doutora Honoris Causa" pela Universidade Federal do Paraná.

Bibliografia: Paisagem Interior (1941), edição da autora; Música Submersa (1945), edição da autora; A sombra no rio (1951), edição da Escola Técnica do Paraná; Poesias Completas (1962), edição da Escola de aprendizagem do SENAI; Vida Breve (1965), edição da Escola de Aprendizagem do SENAI; Era Espacial e Trilha Sonora (1966), edição da Escola de Aprendizagem do SENAI; Antologia Poética (1967), Gráfica Vicentina; Tempo (1970), edição da Escola de Aprendizagem do SENAI; Correnteza (1977, seleção de poemas publicados até esta data), Editora Lítero-Técnica; Infinito Presente (1980), Gráfica Repro-SET; Poesias Escolhidas (1983, traduções de seus poemas para o ucraniano), Tipografia Prudentópolis; Sempre Palavra (1985), Criar Edições; Poesia Mínima (1986), Criar Edições; Viagem no Espelho (1988, reunião de vários livros já publicados), Criar Edições; Ontem, Agora (1991), Secretaria de Estado da Cultura do Paraná; Reika (1993), Fundação Cultural de Curitiba; Sempre Poesia (1994, antologia poética); Caixinha de Música (1996); Luz Infinita (1997, edição bilíngüe); Sinfonia da Vida (1997, antologia poética com depoimentos da poetisa); Helena Kolody por Helena Kolody (1997, CD gravado para a coleção Poesia Falada); Poemas do Amor Impossível (2002, antologia poética); Memórias de Nhá Mariquinha (2002, obra em prosa); Viagem no Espelho (1995), Editora da Universidade Federal do Paraná.

Referências:


http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/parana/helena_kolody.html
http://www.kakinet.com/caqui/kolody.php